Definição da área: 

A área da REDE TB para Pesquisa Operacional (PO) inclui a investigação de serviços de saúde, com o objetivo de avaliar os serviços de saúde, os resultados e o processo pelo qual a assistência é prestada. Os métodos da PO incluem avaliações de saúde quantitativa e qualitativa do serviço, bem como estudos epidemiolégicos observacionais. Pretende-se conduir estes estudos para melhorar o desempenho do programa e os resultados, avaliando a eficácia de novas estratégias e intervenções no controle da TB.

Objetivo:

  • disponibilizar informações aos serviços de saúde para subsidiar a formulação, o planejamento e a execução de políticas públicas no controle da tuberculose;
  • contribuir para a formação de recursos humanos para o desenvolvimento de pesquisas que avaliem a prestação de serviço ao doente de tuberculose;
  • acompanhar a transferência de conhecimentos, práticas e tecnologias para o serviço de saúde;
  • avaliar critérios para classificação da assistência  à Tuberculose como forma sistematizada de gerenciamento e monitoramento das ações prestadas pelos serviços de saúde;
  • utilizar o geoprocessamento para  identificar áreas de risco da tuberculose e conhecer a dinâmica da doença no território;
  • Desenvolver estratégias teórico-operacionais para a produção de conhecimentos, tecnologias de assistência no domicílio/ família, nos serviços;
  • Analisar as causas de retardo ao diagnóstico na percepção do doente de TB, profissionais de saúde, gestores e representantes da sociedade civil organizada;
  • Analisar o percurso do doente para o acesso ao diagnóstico e tratamento da tuberculose em serviços;
  • Avaliar as dimensões organizacionais e de desempenho dos serviços;

Desafios elencados pela área:

  1. Avaliar e rever o modelo de implementação da estratégia DOTS, tendo em conta os elementos que são específicos para cada região, bem como elaborar estratégias inovadoras de organização dos cuidados de saúde e de gestão.
  2. Os estudos estratégicos da REDE TB demonstram a necessidade de reorganização dos serviços de saúde para a incorporação e sustentabilidade de estratégias de intervenção para o alcance das metas de controle da TB.  A otimização dos recursos da estrutura possibilita a adequação do processo de trabalho e proporciona eficácia e efetividade das ações;
  3. Os estudos de geoprocessamento realizados pela REDE-TB permitem a localização de casos e a compreensão da dinâmica  da enfermidade na comunidade (TB e co-infecção TB/HIV).

Propostas em andamento para enfrentar esses desafios:

As estratégias dessa área envolvem parcerias com o Programa de Controle da Tuberculose (PCT), universidades, conselhos de saúde locais, ONGs nacionais e internacionais e comunidade, sendo fundamental a articulação entre pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, outros grupos de pesquisa e intercâmbios de pesquisadores a outras regiões do Brasil e outros países. Dar continuidade a captação de recursos financeiros junto a agências de fomento.

Metas:

  • Geração de novos conhecimentos que subsidiam a proposta de protocolos de gestão;
  • Formação de grupos e centros de pesquisa em estudos operacionais em TB;
  • Realizar intercâmbios nacionais e internacionais com instituições de ensino superior;
  • Consolidar parcerias entre as instituições de ensino superior e serviços de saúde (bem como ONGs) para o desenvolvimento de projetos de pesquisa sobre TB de forma integrada buscando o fortalecimento das ações de controle da TB nos serviços de saúde;
  • Capacitação de pesquisadores em abordagens metodológicas quanti e qualitaitvas.

Grupo de Estudos Epidemiológico-Operacional em Tuberculose (GEOTB) - www.eerp.usp.br/geotb (CNPq)

Conheça os trabalhos publicados pela área Estudos Operacionais, acessando a área Publicações no menu do topo!!!

Definição da área:


A área de Estudos Clínicos da REDE TB analisa os efeitos clínicos dos produtos (vacinas, novas drogas) desenvolvidos por outras áreas da REDE TB ou por outros pesquisadores não associados à REDE. Entre outros, isto representa analisar se uma determinada intervenção (tratamento ou vacinação) é segura, bem tolerada, se terá o efeito postulado qual o seu impacto no controle da doença. Podemos, por exemplo, avaliar em indivíduos voluntários saudáveis novos medicamentos ou vacinas para o tratamento e controle da tuberculose (chamados estudos de fase I). Os estudos de fase II visam a conhecer a tolerância e segurança do fármaco em questão, os de fase III a avaliar a eficácia, e os de fase IV a efetividade e tolerância em grande escala (após industrialização do medicamento). Os estudos de fase IV se encaixam no que se chama de farmacovigilância. Podemos também avaliar o uso de medicamentos já existentes em novas indicações ou regimes.


Objetivos e desafios elencados pela área:


Atualmente, como prevenção da tuberculose, a vacina recomendada para uso no Brasil é a BCG, que deve ser aplicada em crianças recém-nascidas. O seu grau de eficácia é discutível, mas sabe-se que ela previne o aparecimento de formas graves da doença em crianças, como a meningite por tuberculose. Entretanto, ela não previne a infecção. Vacinas seguras e eficazes contra a infecção e o desenvolvimento da doença são necessárias.


A infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB) acomete um terço da população mundial e deve ser tratada em algumas situações, para prevenir o desenvolvimento da doença. Esta ainda é uma forma importante de prevenção e controle da TB, enquanto aguardamos o desenvolvimento de uma vacina eficaz. Atualmente, o tratamento recomendado utiliza uma droga bastante tóxica para o fígado, a Isoniazida, e a taxa de abandono é alta, por se tratar de um tratamento longo, de pelo menos 6 meses, idealmente 9.


Já o tratamento da tuberculose que também dura seis meses, foi recentemente mudado no Brasil para incluir um 4º fármaco, o Etambutol. As doses recomendadas da Isoniazida e Pirazinamida foram reduzidas em relação ao tratamento anterior, apenas a dose da Rifampicina foi mantida. O Brasil está oferecendo uma apresentação de doses fixas combinadas (DFC) na tentativa de reduzir o abandono do tratamento. São 4 comprimidos ao dia, ao invés de 9 se fossem na formulação anterior. Um estudo de farmacovigilância está sendo implementado no país.


A cura ocorre em 95% das pessoas que tomam corretamente o tratamento completo. Entretanto, por ser um tratamento longo, muitos doentes o abandonam, o que diminui a chance de cura, aumenta a possibilidade de transmissão e a chance do bacilo se tornar resistente aos medicamentos. A área de Estudos Clínicos busca alternativas para esses problemas por meio da análise da segurança, eficácia e efetividade de novas drogas, novos esquemas terapêuticos e novas vacinas para prevenir e tratar a ILTB e a TB. A avaliação de novos medicamentos para tuberculose busca diminuir os efeitos tóxicos do tratamento atual e a sua duração, assim como procurar novas alternativas para os casos que ficam resistentes aos remédios. Paralelamente, também há tentativas de se identificar "marcadores" (exames de sangue ou escarro) que possam ser utilizados como sinalizadores de cura para a doença.


O sucesso desses objetivos depende do desempenho de áreas afins, como as áreas de desenvolvimento de novos fármacos, de diagnóstico e de vacinas da REDE TB, e da indústria farmacêutica. É fundamental que novos medicamentos e vacinas sejam descobertos para serem avaliados no tratamento de pacientes.

Estudos em andamento (ou finalizados) para enfrentar esses desafios:

  • Eficácia e aceitabilidade do novo tratamento 4DFC
       – Pesquisador Principal (PI): José Ueleres Braga e Kenneth Camargo
       – Financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates, apoio FAP
  • Tratamento da ILTB, fase III
       – 4meses de Rifampicina versus 9 meses de Isoniazida
       – Multicêntrico, envole 8 países
       – PI do estudo Dick Menzies, McGill, PI no Brasil Anete Trajman
       – Devemos arrolar 6000 pacientes, 1050 no Brasil
       – Previsão resultados 2014 (2 anos followup após última randomização)
       – Financiamento pelo Canadian Institut of Health Research
  • Tratamento da ILTB em portadores do HIV contatos de casos de MDR(ACTG): 
       – PI: Margareth Dalcolmo
  • Tratamento da TB-MDR com novo fármaco TBC 207 (Tibotec) – vide área específica
       – PI Valeria Rolla
  • Tratamento TB-sensível – novos esquemas
       – TBTC 29 (Rifapentina): PI Margareth Dalcolmo
       – Levofloxacina: PI Margareth Dalcolmo
  • Tratamento TB/HIV - vide área específica
       – Efavirenz 600mg x 800 mg, IRIS, tolerância e eficácia: Valeria Rolla, financiamento MS
       – Lopinavir+Ritonavir: Valeria Rolla, financiamento Abbott - farmacocinética

Metas

(i) Organização de novos "sites" em Porto Alegre-RS, Vitoria-ES, Rio de Janeiro-RJ, Manaus-AM, para realização de ensaios clínicos, (incluindo: melhoria da infraestrutura qualificação dos recursos humanos);

(ii) Consolidação da estrutura dos "sites" da Universidade Gama Filho -RJ, Programa Acadêmico de TB/UFRJ, IPEC-FioCruz, Centro Referência Prof Helio Fraga-MS e Núcleo de Doenças Infecciosas-UFES para realização de ensaios clínicos fase I, fase II (tipo EBA), fase III e ensaios clínicos com pacientes com TB multiresistente.

(iii) Incremento do diagnóstico microbiológico da TB nos "sites" selecionados;

(iv) Desenvolvimento e validação de um arquivo de dados de pacientes com TB utilizando-se a plataforma web;

(v) Implantação de um sistema de controle de qualidade para avaliar o desempenho dos laboratórios dos "sites" de ensaios clínicos

(vi) Realização de estudos de farmacovigilância com medicamentos antituberculose distribuídos no país;


(vii) Capacitação de Recursos Humanos em Boas Práticas Clínicas para participação em ensaios clínicos de qualidade

Conheça os trabalhos publicados pela área Estudos Clínicos, acessando a área Publicações no menu do topo!!!

DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE NO MUNDO


O diagnóstico rápido da TB é importante para se diminuir o tempo de transmissão da doença com conseqüente diminuição do número de pessoas infectadas pelo indivíduo doente. Entretanto pouco avanço foi realizado nos últimos 50 anos. As novas técnicas como a amplificação de ácidos nucléicos e sistemas automatizados utilizando cultura em meio líquido possuem elevado custo e dependem de técnicas sofisticadas que as tornam inadequadas para uso rotineiro em “low income countries”. Entretanto, mesmo em “middle income countries” como no Brasil, onde tais tecnologias poderiam ser utilizadas no sistema público e a TB é endêmica, o diagnóstico da TB tem sido baseado apenas na suspeita clínica, exame radiológico do tórax e exame baciloscópico (BAAR) do escarro. Apesar da baciloscopia do escarro possuir baixa sensibilidade (40% a 60%), permanece como um dos exames mais importantes para o diagnóstico de TB, pois detecta os pacientes que apresentam maior chance de infectar a comunidade. Além disso, nos países em desenvolvimento, em países não infectados por HIV, é observada uma baixa incidência de doença por micobactérioses (micobactéria não tuberculosa). Nestas regiões a baciloscopia do escarro possui um alto valor positivo preditivo. Entretanto, na maioria destes países, na prática, a cultura para micobactérias, cuja sensibilidade é maior (80% a 85%) que a baciloscopia no diagnóstico de TB pulmonar, é realizada em meio sólido com Lowenwstein-Jensen (LJ), e está indicada apenas em casos clínicos selecionados (casos de falência ao tratamento, pacientes com baciloscopia negativa). O maior problema da cultura em LJ é o longo tempo de incubação (4 a 6 semanas) e o teste de sensibilidade é realizado a partir da cultura e não do espécime clínico, o que requer várias semanas adicionais para a obtenção dos resultados. Na prática, nestes países, com o uso universal apenas da baciloscopia de escarro, cerca de 30% a 40% dos pacientes atendidos nas Unidades Primárias de Saúde em países em desenvolvimento como o Brasil, são tratados para TB sem confirmação bacteriológica.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial esteja infectada por M. tuberculosis. Anualmente, ocorrem cerca de 9,2 milhões de casos novos e 1,6 milhão de óbitos por TB. As taxas de mortalidade cresceram na África, nos países com elevada prevalência de infecção por HIV e TB resistente a múltiplas drogas (TB-MDR/XDR). Modelos matemáticos estimam que 70% dos casos de TB-MDR devem ser detectados e tratados a cada ano, e pelo menos 80% destes casos curados, para haver alguma possibilidade de controle desta dramática situação. Neste contexto, emerge uma grande questão: como lidar com a ameaça de TB-MDR/XDR nas regiões com alta carga de TB e HIV? A principal estratégia consiste no diagnóstico rápido dos casos, que inclui o acesso rápido aos serviços de saúde.


Tuberculose no Brasil


Brasil ocupa o 16º lugar no ranking entre os 22 paises com 80% da carga de TB. Na Região das Américas, o Brasil e o Peru são responsáveis por 50% dos casos de TB notificados por ano. O Brasil apresenta uma grande extensão territorial (8.514.876,599 km2); com uma população é de 186,770.562 habitantes (Datasus-2006) distribuída em 26 estados e no Distrito Federal com alta densidade populacional nas capitais e grandes metrópoles o que favorece uma enorme desigualdade social, pobreza e violência urbana. A notificação de casos de TB diminuiu na década de 90, mas manteve-se estável a partir de 2001. Os estados da região sul, áreas onde historicamente era menor endemicidade da TB, observou-se uma reversão da queda da incidência na década de 90. Este fato é resultante da epidemia de HIV, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


Estima-se uma prevalência de 50 milhões de infectados pelo bacilo da TB. A TB é a nona causa de ingresso hospitalar e a quarta causa de mortalidade por enfermidades infecciosas. Segundo dados obtidos no SINAN-TB em 2006, foram notificados 83.293 casos de TB ativa, sendo que 65.469 (78%) foram atendidos em Unidades de Saúde que referem a utilização da estratégia de tratamento observado (DOTS). Na região sudeste e sul, em grandes metrópoles, cerca de 20% a 42% dos casos de tuberculose são notificados em Unidades Hospitalares. Neste período, entre 64.607 novos casos adultos (> 15 anos de idade) de TB pulmonar, a baciloscopia foi negativa ou não realizada em 21103 (32,7%) casos. Entre os 12.369 casos com baciloscopia negativa, a cultura não foi realizada em 8085 (65,3%) dos casos. Entre 9.598 casos de retratamento, a cultura não foi realizada em 8.733 (91%) dos casos. Entre os novos casos de TB e retratamento, apenas 5.266 (6%) tiveram suas amostras clínicas analisadas por teste de sensibilidade.

Pelo acima exposto, o diagnóstico da tuberculose pulmonar no Brasil apóia-se na sua quase totalidade na baciloscopia do escarro. Esta técnica, apesar do seu baixo custo e relativa simplicidade de execução possui sensibilidade máxima ao redor de 70% quando executada em condições ideais e por pessoal técnico qualificado. No entanto, o rendimento diagnóstico deste exame é baixo principalmente nas formas pulmonares paucibacilares da doença, principalmente entre pacientes infectados por TB e HIV. Além disto, o diagnóstico precoce de TB multiresistente (MDR) é um permanente desafio. Recentemente, os resultados preliminares A avaliação preliminar dos dados coletados no II Inquérito Nacional de resistência às drogas realizado em 6 estados brasileiros mostrou um a taxa de TB-MDR primária de 1,5%, superior aquela observada (0,9%) no I Inquérito Nacional de Resistência realizado no período de 1996-1997. Entretanto, num inquérito de resistência realizado em 6 hospitais no Estado do Rio de Janeiro, que incluiu 595 pacientes avaliados prospectivamente, que a taxa de TB-MDR primária foi de 3,9% e secundária de 17,9%.

A Área de Diagnóstico da REDE TB, junto ao Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde, passou a considerar o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos da tuberculose como prioritário, preferencialmente, o desenvolvimento de métodos rápidos, com elevada sensibilidade e especificidade e também com possibilidade de serem utilizados no monitoramento do tratamento dessa doença.

No intuito de cumprir sua missão como Organização Não Governamental preocupada em auxiliar no desenvolvimento não só novos testes diagnósticos, mas também na validação dos testes produzidos no Brasil ou no exterior, antes de sua comercialização no país, a REDE TB vem proporcionando uma interação maior entre entidades governamentais relacionadas com o Controle da Tuberculose, Agência Regulatória (ANVISA), Parceria Brasileira contra TB (Stop TB Initiative),Instituições de Pesquisa no Brasil, Sociedades de Classe, Organismos Internacionais de Cooperação, empresas nacionais e internacionais e representantes da Sociedade Civil (ONGs de advocacy e ONGs de assistência). Para isso, a REDE TB estabeleceu, de maneira pioneira, uma plataforma para pesquisa e desenvolvimento tecnológico para novos testes de diagnósticos. Como parte dessa estratégia, a REDE TB promove, ainda, estudos clínico-laboratoriais em diferentes grupos populacionais, como hospitais, albergues, prisões, favelas e em pacientes infectados por HIV, com o objetivo de validar os kits desenvolvidos pela rede e por outras empresas, nacionais ou estrangeiras.

Situação pretendida:

(i) Otimização de plataforma de P&D&I para novos kits diagnósticos de TB e avaliação da acuidade, eficácia e custo-benefício de novos produtos;

(ii) Disponibilizar um kit diagnóstico de teste molecular para diagnóstico de TB, e TB resistente de baixo custo para uso em todos os níveis de atenção à Saúde;

(iii) Desenvolver e avaliar a efetividade e adesão de diferentes estratégias e atividades de controle de infecção por M.tuberculosis em hospitais, albergues, prisões e em nível domiciliar que auxiliem a revisão de recomendações nos Manuais de Normas do Ministério da Saúde;

(iv) Consolidar estratégias pioneiras no país para analisar a reprodutibilidade, performance interlaboratorial e aplicabilidade (custo-benefício) de kits diagnósticos já comercializados;

(v) Utilizar métodos bacteriológicos alternativos e de baixo custo para melhorar o diagnóstico da TB pulmonar no país;

(vi) Capacitar recursos humanos nos laboratórios de pesquisa e de rotina para realização de estudos de validação interlaboratorial, de estudos de acurácia, eficácia, custo benefício e controle de qualidade dos métodos diagnósticos, bacteriológicos, imunosorológicos e de biologia molecular;

(vii) Capacitar recursos humanos de ONGs de Assistência e ONGs advocacy em colaboração com Prog Nacional de TB e ANVISA para viabilizar a vigilância da qualidade e pertinência do uso dos testes diagnósticos comercializado no país

(viii) Proporcionar interação mais efetiva entre pesquisadores da REDE-TB, Coordenação Nacional do Programa de Tuberculose e DST/AIDS, Órgão Regulatório (ANVISA), Coordenação Geral de Laboratórios (CGLAB) do Ministério da Saúde, Centros Colaboradores em TB da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, na capacitação de profissionais da REDE de Saúde e, também, na elaboração de manual de Normas na área de Kit Diagnósticos em TB;

(ix) Consolidar competência técnico-científica de pesquisadores de outras áreas (Engenharia Elétrica e BioMédica) no desenvolvimento de novas ferramentas (softwares) computacionais no diagnóstico de TB.

Projetos em Andamento:


Fase I
a) Desenvolver testes imunológicos por meio da obtenção de antígenos recombinantes de cepas prevalentes na comunidade, e de screening de antígenos já isolados (MBP3, MT10-3, MPT64, 17kDa, 38kDa, ESAT-6 e CFP-10) por meio de dosagem de Ig por ELISA e de IFN-g após estimulação in vitro para diagnóstico de TB pulmonar, extra pulmonar, da infância e micobacterioses animais.

b) Implementar de um teste de captura de antígeno CFP32 por ELISA no escarro induzido de pacientes suspeitos de tuberculose.

c) Desenvolver e padronizar ensaio de RT-PCR para diagnóstico de TB e como marcador de cura e resposta terapêutica em ensaios clínicos de avaliação de novos esquemas terapêuticos


Fase II
Avaliação da sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade e otimização do diagnóstico sorológico e molecular de micobacteriose de interesse veterinário (TB bovina).

Fase III
Avaliação da acurácia/performance em diferentes centros (avaliação multicêntrica) e em condições de rotina, de kit de testes moleculares ou fenotípicos para detecção de M. tuberculosis em amostras clínicas.

Implantação de métodos de tipagem, MIRU-VNTR, spoligotyping e Deligotyping, a fim de determinar variabilidade genética utilizando marcadores genéticos diferentes em cepas brasileiras de Mtb

Fase IV
Realização de ensaios pragmáticos e estudos de custo-efetividade entre os seguintes métodos diagnósticos: 
a) baciloscopia de escarro com cultura em meio sólido (Ogawa Kudoh),
b) baciloscopia de escarro e fagotipagem (FastPlaque); 
c) baciloscopia, cultura por meio líquido (sistema automatizado ou não, MGIT960) e meio sólido (LJ) para diagnóstico de TB,
d) baciloscopia e teste molecular para TB (EMTD/GenProbe/Cobas Amplicor-Roche/PCR-TB-Brasil), 
e) cultura/teste de sensibilidade por método fenotípico e teste molecular para TB resistente (GenoType® MTBDRplus)


Implementação de um sistema Web para a informatização da triagem, de procedimentos clínicos e gerência de exames laboratoriais e desenvolver modelos neurais de auxílio ao diagnóstico envolvendo pacientes com diferentes modalidades de TB e co-morbidades associadas.


Construção de banco de perfis, inicialmente obtidos por IS6110-RFLP e “spoligotyping”, de cepas resistentes a drogas, com objetivo de interagir com bancos de outros países e monitorar a transmissão de cepas multi-resistentes a nível nacional e internacional

Desenvolver um método de custeio que permita a implementação por parte dos gestores locais do Programa de Controle da Tuberculose a apropriação dos custos das atividades vinculadas ao diagnóstico da TB para subsidiar a tomada de decisões que permitam maior custo-efetividade 

A Área de Epidemiologia da REDE TB tem como finalidade estudar a distribuição e fatores determinantes da tuberculose nas diversas regiões brasileiras. Na identificação destes fatores, tem procurado focalizar desde àqueles que se encontram no nível da supra-estrutura da sociedade (aspectos políticos, econômicos e ideológicos) bem como aqueles que estão no nível da infra-estrutura da sociedades (as relações de classes entres o homens bem como as relações entre os homens e o meio ambiente). Evidentemente, agentes de natureza biológica, física, química, social, econômica, educacional, antropológica, religiosa, cultural, etc. são levadas em consideração nos diferentes estudos. Da mesma maneira, inter-relações entre estrutura, processo e resultados dos serviços de saúde tem sido focalizados também para se estudar também epidemiologia de serviços de saúde.

Entre os objetivos da área busca-se:

- conduzir estudos epidemiológicos com auxilio de genotipagem do M.tuberculosis objetivando esclarecer melhor sobre as fontes de infecção, dinâmica da transmissão da doença, principalmente da cepas multi-resistentes; as portas de entrada do agente no organismo humano;


- conduzir estudos sobre a prevalência da M. tuberculosis nas áreas de estudo utilizando técnicas de geo-processamento para esclarecer a distribuição geo-demográfica, presença de co-morbidades, classificação genotípica;


- estudar associação entre os diversos genótipos do M.tuberculosis com a resistência aos antimicrobianos disponíveis;


- identificar fatores (clínicos, epidemiológicos, labaratoriais) associados aos diversos genótipos do M.tuberculosis;


- apresentar e desenvolver modelos de estudos epidemiológicos essencialmente descritivos, bem como descritivo-analíticos visando desenvolver estudos de intervenção na comunidade, bem como elucidar associações entre os diversos riscos e a determinação da doença tuberculose;


- desenvolver estudos ecológicos e estudos de avaliação de serviços ;


-elaboração de cartas de controle do processo endêmico.

Situação pretendida:


- capacitar recursos humanos que possam contribuir com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose para monitorar a situação epidemiológica da doença em sua área de atuação;


-produção de conhecimentos que possam contribuir para entender a fonte de infecção, as condições de transmissão, portas de entrada do agente, e permitam interceder na cadeia de transmissão através de meios de intervenção;


- estudar, analisar, conhecer e compreender (através de metodologias quantitativa e ou qualitativa) os meios técnicos específicos e não específicos envolvidos na transmissão da doença;


Metas:


As metas estão em consonância com aquelas almejadas pelo Ministério da Saúde:


- interromper o ciclo da doença;


- o propósito à longo prazo (é eliminar a tuberculose como problema de saúde pública) como objetivos epidemiológicos a médio prazo é diminuir o risco de infecção (pelo menos em 10% ao ano), morbidade e mortatidade (pelo menos a metade a cada 7 anos) e objetivos à curto prazo, de ordem operacional, técnica e administrativa (diminuir o risco do abandono do tratamento no máximo a 5% ao ano). Por estas razões, os trabalhos de pesquisa produzidos nesta área são sempre apresentados juntos com os estudos operacionais.

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Sobre a REDE-TB

A Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (REDE-TB) é uma Organização Não Governamental (ONG) de direito privado sem fins lucrativos, preocupada em auxiliar no desenvolvimento não só de novos medicamentos, novas vacinas, novos testes diagnósticos e novas estratégias de controle de TB, mas também na validação dessas inovações tecnológicas, antes de sua comercialização no país e/ou de sua implementação nos Programa de Controle de TB no País.


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